Perguntas podem ser afirmações?

Como pode alguém ser tão estúpido a ponto de pensar que a lógica serve para alguma coisa?
Como pode alguém ser tão estúpido a ponto de pensar que a lógica serve para alguma coisa?

A frase da imagem é uma pergunta, certo?

Quer dizer, não é uma afirmação.

Mas e se a gente reformular a maneira em que ela está sendo dita, será que poderíamos encontrar nela algum conteúdo ou organização que nos permita usar o que está sendo dito como parte do que venha a ser um argumento?

Por exemplo, se a reescrevemos como:  “Para que alguém pense que a lógica serve para alguma coisa, tem de ser estúpido”

Ou esta: “A lógica não serve para nada”

Em algum destes casos podemos considerar as frases como afirmações? Quer dizer, podemos dar valor de verdade e dizer que concordamos ou discordamos do que dizem?

Reformular o que o outro fala pode, muitas vezes, auxiliar a uma melhor compreensão das intenções do locutor  e do significado do que está sendo dito.

Neste caso, com quais intenções alguém falaria a frase como está na imagem? – na forma de uma pergunta que não espera resposta.

E  como elas são diferentes das intenções e de uma pessoa que afirme algo semelhante, em vez de perguntar?

Referência: O pensamento crítico: o poder da lógica e da argumentação de Walter Carnielli e Richard Epstein


Katarina Krys Müller
Texto e imagem de Katarina Müller

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