A frase da imagem é uma pergunta, certo?
Quer dizer, não é uma afirmação.
Mas e se a gente reformular a maneira em que ela está sendo dita, será que poderíamos encontrar nela algum conteúdo ou organização que nos permita usar o que está sendo dito como parte do que venha a ser um argumento?
Por exemplo, se a reescrevemos como: “Para que alguém pense que a lógica serve para alguma coisa, tem de ser estúpido”
Ou esta: “A lógica não serve para nada”
Em algum destes casos podemos considerar as frases como afirmações? Quer dizer, podemos dar valor de verdade e dizer que concordamos ou discordamos do que dizem?
Reformular o que o outro fala pode, muitas vezes, auxiliar a uma melhor compreensão das intenções do locutor e do significado do que está sendo dito.
Neste caso, com quais intenções alguém falaria a frase como está na imagem? – na forma de uma pergunta que não espera resposta.
E como elas são diferentes das intenções e de uma pessoa que afirme algo semelhante, em vez de perguntar?
Referência: O pensamento crítico: o poder da lógica e da argumentação de Walter Carnielli e Richard Epstein